Desde sempre lembro-me viajando em imagens. Primeiro elas fugiram de meu olhar interno e se faziam ver mergulhadas em papel e cores. Depois vieram as palavras e a inspiração dos sonhos, pois foi a realidade que, muitas vezes, trouxe os pesadelos. Em busca de organizar este mundo interior surgiu a Ilha.União de idéias e sonhos, asas que herdei. Apresento-a em pequenos trechos e peço que questionem, perguntem muito para que ela possa tornar-se mais rica e interessante, lugar melhor pra viver.

19.5.16

Quase um poema

Van Gogh - The Starry Night


O moço que apaga o fogo  tem medo do vento.
Ele  bem sabe que a água apaga o fogo,
Que a terra o afeta também,
Mas, sobre o ventoele não sabe muito.
E, o teme – por ser volátil e impalpável.
 Como se controla?
O moço que apaga o fogo dorme com uma jarra cheia de ar ao lado de sua cama.
Toda noite ele a observa com encanto e se adormece.
E sonha,  à espera de um vulcão.
De algo explosivo, por uma surpresa.
Mas, toda manhã, somente brisa.
O moço que apaga o fogo está irritado com o vento.
Anda a gritar com a sua jarra de Ares.
Abre a jarra,
Fecha a jarra,
Sacode a  Jarra e..
Nada.
Mas...? É tão, mas.. tão sem graça”.
O moço que apaga o fogo continua com medo do vento.
De um algo inesperável, um algo imensurável.
Algo que confirme as suas suspeitas.
Mesmo assim, toda noite, enquanto dorme:
O ar se faz mais calmo,
A correnteza se faz de trilha
E o solo se move e se renova.
O moço que apaga o fogo tem medo do vento.
E, dessa jarra, repleta de espaços.
Uma das coisas mais bonitas que ele viu.



escrito por Lu Noya – enviado em 19 de maio de 2016. 

23.12.15

COR, LEVEZA, ALEGRIA E UNIÃO


30.9.15

Irmãos



Masters of Photography- William Klein


Irmãos tão diferentes era raro ver.

José desde pequeno era cuidadoso e amoroso, cuidava dos bichos, das plantas e era amigo dos colegas, especialmente do irmão João, que o maltratava com rigor e uma raiva que não se explicava.
João machucava o gato, batia no cão e passava os dias a inventar formas de prejudicar José.
A mãe tentava educar os filhos de maneira semelhante e mostrava ao mais velho que ambos podiam contar com seu afeto, mas o menino parecia ter prazer com as maldades que praticava.
Cresceram assim e assim ficaram órfãos. Embora vivendo juntos na mesma casa onde nasceram, tinham vidas diversas e de acordo com o temperamento de cada um. José era sempre convidado pelos amigos, apadrinhou os filhos de alguns enquanto João, solitário e carrancudo, vivia só, fechado em si mesmo.
Quando Maria se enamorou de José, a raiva de João cresceu. Então puderam perceber que ele também gostava da moça, embora nunca houvesse dito, ou mesmo insinuado, coisa alguma a ninguém.
Moravam distante do povoado e João foi servir no quartel enquanto José permaneceu em casa trabalhando na roça. João gostou da vida militar, tinha prazer em cuidar e lubrificar sua arma e vivia treinando pontaria em pássaros e frutos, enquanto José o repreendia, pedindo que usasse vidros e latas, deixando em paz os seres vivos.
Uma tarde João atirou no cavalo, o único do sítio, que os servia fazia muito tempo. Contou que o animal havia caído e precisava ser sacrificado. José chorou muito ao lado do animal enquanto João dava a impressão de ter algum prazer com o que fizera. Desse dia em diante, a fúria de João, embora contida e fria, parecia crescer.
Quando José anunciou seu noivado, o irmão se recusou a ir à festa em casa da noiva. Triste, mas conformado, José se ausentou prometendo voltar em breve, e com a data do casamento marcada.
Durante a noite seguinte um incêndio destruiu o pasto e a plantação de café de José. João dizia não saber a causa do incêndio e passou a vigiar a casa, temendo, na ausência de José, a invasão de algum malfeitor.
Na noite seguinte, José deveria retornar, mas não foi visto nas redondezas. Pela manhã a vizinhança, embora distante, ouviu tiros e alguns correram preocupados. Na entrada da casa, o corpo de José crivado de balas.
No quarto, João limpava a arma com um sorriso estranho no olhar.
 
Itaipava, 17-09-2015

14.8.15

Uma esposa imaginada



Photo by David Pattinson

Uma esposa imaginada


Andavam perto das bodas de ouro e tanto no corpo quanto no comportamento, se podia notar o relaxamento e os hábitos que irmanam casais como se o fossem desde sempre.
Com a família criada e o trabalho essencial, levavam uma rotina insossa que não a satisfazia.
anos ela percebia que, cada dia mais, ele parecia criar e projetar sobre ela uma mulher que nem sempre correspondia à idéia que tinha sobre si mesma.
Chegava da rua trazendo pequenos agrados totalmente distantes de seu gosto, manifestado ao longo dos anos. Convidava para programas que jamais partilharam, pelo simples fato de serem apenas da escolha dele, como se pudessem dar prazer a ela. Seus interesses e motivações divergiam assustadoramente e nem pareciam viver juntos a tanto tempo.
O isolamento foi tomando conta da vida do casal, mas ele não parecia perceber nem se incomodar. Muitas vezes esquecia de partilhar com ela algum fato novo, um livro que comprara, um programa de TV que assistia e era comum não registrar assuntos ditos por ela, como se não a ouvisse.
Ela parou de reclamar ao perceber que ele se relacionava com uma pessoa imaginada e quepelos sinais que deixava, acreditava ser real como, por exemplo, um bilhete inusitado mencionando algum fato absolutamente desconhecido para ela
Jandira, a senhora que cuidava da casa e zelava pelo casal na medida em que envelheciam, passou a estranhar quando ele começou a se arrumarvestir roupas novas e parecer animado como um adolescente. Como este comportamento iniciou na ocasião em que a esposa havia ido passar um mês em uma casa de repouso, ela imaginou haver algum romance acontecendo na vida do idoso. Afinal, homens são assim, pensava a cuidadora.
Até que ele passou a trazer e mostrar para Jandira as roupas novas que comprara de presente para a esposa, comentando como ela havia emagrecido e como estava bela como quando se conheceram. Contava que haviam saído para dançar, ido ao cinema e que estavam namorando outra vez.
A princípio Jandira ficou feliz e continuava a conversar com o patrão, ouvindo suas histórias romanescas, embora estranhasse o fato de jamais encontrar com a patroa durante a semana.
A situação foi esclarecida quando os filhos chegaram para cuidar das roupas e objetos da mãe falecida há um mês.

Itaipava, em 05-07-2015
Angela Schnoor



3.5.15

Atmosfera





Acabara de assistir um filme de suspense e sabia que teria dificuldade para dormir sozinha naquela noite.  andava bastante impressionada e medrosa, mas não imaginava que o filme fosse ser forte e nem que estivesse tão sensível.
Não era tarde e estava perto de casa. Apressou o passo e pareceu ouvir alguém também apressado em seu encalço. -Tolice, pensou, estou me deixando levar pelo medo.
Quando percebeu estava quase correndo, contando o tempo que faltava para chegar. Os passos continuavam a bater sobre a calçada até que virou a esquina e achou que o som havia parado. Faltavam poucos metros até a entrada do prédio quando tropeçou e torceu o . Embora a dor, continuou rápida e voltou a ouvir alguém bem próximo. O pânico tomava conta dela quando sentiu um toque sobre seu ombro. Desmaiou e bateu com a cabeça no chão antes de ver o rapaz que, gentilmente, tentava lhe entregar os documentos esquecidos na cadeira do cinema.

28-04-2015

25.4.15

A bruxa dentro dela




O novo restaurante atraía clientela exigente. A cozinha era boa, ingredientes de qualidade e ambiente criativo.
Na primeira vez em que jantei naquele lugar, a moça que servia se apresentou como uma empolgada e fiel servidora do patrão.
Simples e simpática, enquanto comíamos, discorria sobre a casa sempre cheia nos finais de semana, sobre os pratos mais pedidos e, acima de tudo, falava maravilhas sobre o dono do lugar. Chegou a afirmar que, em dias de muito movimento, ele a ajudava bastante, o que me levou a retrucar: - afinal quem ajuda é você a ele, não seria assim? Ela negou veemente: - Não, ele é que me ajuda, com certeza.
Voltamos em outro dia durante a semana, a casa não muito cheia e a moça ali, firme, a fazer propaganda do lugar, das especialidades e, principalmente, do patrão
Pensei que falava demais que não nos dava chance de conversar entre nós. De , ao lado da mesa, não fechava a boca.
Em outro dia, mudei o pedido para experimentar outras iguarias anunciadas e aconselhadas por ela.
Em casa, comecei a passar mal, minha digestão parecia difícil e consegui me lembrar de um cheiro específico e sabor diferente que senti enquanto comia, o que atribuí ao ingrediente artesanal apregoado pela tal garçonete.
Como não foi nada grave, deixei passar e voltei em um final de semana, acompanhada de pessoas amigas, evitando pedir prato semelhante.
Todos foram unânimes em elogiar a refeição e o lugar e eu procurei observar o comportamento da moça com uma mesa maior, com mais pessoas, enquanto ela parecia se fazer de “garota-propaganda” como fez conosco em nossa primeira visita
De fato, cheguei a dar graças a deus pelas pessoas que a mantinham ocupada, permitindo que conversássemos livremente entre nós, sem sua publicidade explícita e exagerada.
Então deu para perceber melhor seu olhar voltado para o ‘chef’, entre adoração e necessidade pungente de aprovação.
Internamente comecei a perceber como me desgostava seu comportamento artificial que a tornava uma pessoa maçante, tão agradável e solícita desejava parecer.
Ao chegar em casa, novamente me senti mal, não saí do banheiro e passei uma noite tumultuada, sem dormir a contento.
No dia seguinte soube que uma das minhas amigas também tivera má digestão e cólicas severas.
Consideramos que talvez tivéssemos exagerado na quantidade ou na mistura de ingredientes dos pratos, sobremesas e bebidas.
Na semana seguinte, o jornal do bairro publicou uma matéria sobre um cliente do local que havia sido internado com suspeita de envenenamento, tendo escapado milagrosamente.
Foi então que soube, à boca pequena, que os donos do restaurante haviam instalado uma câmera na cozinha.
Passou-se um mês e toda a questão parecia ter caído no esquecimento pois nada havia sido apurado, até que um frequentador assíduo morreu por envenenamento após ter jantado no lugar.
Quando a polícia fez a análise das filmagens, havia cenas em que a gentil garçonete depositava um diferente em alguns pratos que iria servir. Nas imagens, a expressão da mulher merecia ser analisada por um psiquiatra, tal as caras e risadas estranhas que ela emitia enquanto “preparava” os pratos especiais.
Mas, o que causou mais espanto e comoção aos frequentadores e pessoas da região foi o fato dela ter guardado o veneno entre os pertences do 'Chef' e o ódio exacerbado com que tentou incriminá-lo.


Itaipava. em 18-04-2015

21.4.15

Idéias e Pensamentos


Bears star by ArtGalla

Idéias e Pensamentos
de Angela Schnoor



sobre memória universal e as chamadas reencarnações.

- As vidas e os fatos ficam gravados na memória coletiva do tempo. Cada ser que nasce, vem à vida com partes desta memória. Alguns trazem mais, outros menos. Uns carregam determinadas partes ligadas a fatos e tempos específicos e pode parecer que reencarnaram trazendo traços e lembranças vividas em algum tempo e lugar. Talvez sejam memórias de alguém que existiu anteriormente.  

Tanto a dor quanto o prazer são efêmeros, passageiros. A serenidade é permanente, mansa e constante

Provérbio (segundo Stefano Valente)

- Nada como a morte e o tempo para mudar a face das lembranças.

- Niente come la morte e il tempo per cambiare la faccia dei ricordi.

- Rien de mieux que la mort et le temps pour changer le visage de    souvenirs.

Projeção

No inconsciente de todo super-pai e de toda super-mãe existe uma criança carente

Se o louro milharal segregasse o pobre feijão preto, estaríamos condenados a viver de pipocas e corn flakes sem jamais experimentar a feijoada

Somos um passado que se atualiza.

Quem ri muito e à toa deve estar triste ou é vazio!

Reconhecemos as afinidades quando, após anos sem nos encontrar, colocamos uma vírgula no tempo e prosseguimos.

O azar é a boa sorte que ainda não foi compreendida.

Cultura é o conjunto de conhecimentos que se transmite.
O que retemos é burrice.

Mestre é aquele que mostra onde está "minha Janela”, deixando para mim a experiência de abri-la e ver o horizonte através do meu olhar.

A vida é uma roda, um eterno recomeçar. Por isto, a cada volta, crie algo novo e então a roda se tornará uma espiral que, em algum tempo, qual mola propulsora te impulsionará para o alto.

A chama que me consome é a que me brilha.    

A vida é a descoberta de cada minuto e a morte, o instante que passou.   

Quando o Homem compreender que o coração humano é como um céu infinito, ondelugar p’ra todas as estrelas, cada uma em seu espaço e com seu próprio brilho, mais iluminado e belo será seu céu e mais claro seu caminho.   

Abandonar trilhos e estradas, fazer seu próprio caminho, arriscar-se em espaços nunca antes percorridos e então encontrar a autêntica segurança: a autoconfiança de quem experimentou a si mesmo

Todo aquele que semeia amor sem condições, se sente divino.
Faça isso e melhore o mundo onde vivemos!

Quando num grupo humano ocorre uma gravidez, as mulheres, em sua maioria, se tornam mães e os homens voltam a ser meninos.

 Não afirmo que exista outra vida, mas sei que há uma forma de "existirmuito importantetodos nós vivemos para sempre no paraíso daqueles que nos amaram e a quem amamos... assim como há os que vivem em nossos infernos. Portanto, quanto mais amamos e menos odiamos, mais divinos seremos...

Amo, sem saber o que amo: todo o meu entendimento é meu coração.

Fazer fantasias a respeito do outro não é apenas um caminho obrigatório na senda da frustração é, acima de tudo, absolutamente injusto para com aquele sobre o qual depositamos nossas expectativas e projeções.

Cada dia que passa, mais percebo que há uma palavra que me define bem - Consequência.
Me entendo como uma pessoa consequente.

Porque escrevo
Não me sinto bem no barulho. Pessoas falam demais e, às vezes, muito alto.
Como o silêncio me é necessáriopara me comunicar prefiro lerescrever.

Cada um que se vai nos deixa mais pobres de nós.

Deixe de ser uma pessoa gratuita.
Os relacionamentos se constroem com colaboração mútua pois, sem trocas, ou se torna comércio com suas pagas, ou desliza para o uso e abuso das servidões.

Felicidade é quase uma sensação visceral, está ali, permanente como um pano de fundo.
É tão ampla e múltipla que subentende a tristeza, que é tão passageira quanto a alegria, sentimentos que se experimenta eventualmente.
Uma pessoa pode ser feliz sem rir ou parecer alegreMuitos que parecem esbanjar alegria, podem não ser felizes e sucumbem à primeira dor porque lhes falta o suporte da felicidade, o tal pano de fundo!

Quando meu corpo morrer, o que sou eu vai encontrar o paraíso, o absoluto silêncio, a plenitude do vazio.  

Enquanto os valores desta sociedade estão baseados no que se compra e vende, os meus vinculam-se ao que não se pode comprar.

A morte da vida
 A vida se esvai sozinha.
Solitária, não tendo a quem dar a mão ou sorrir, perde o brilho, desapega-se e transforma-se em morte.

A vida do espírito
O corpo se alimenta de matéria e, juntos, se decompõe.
O espírito se alimenta de sonhos.
Depressão é a deterioração dos sonhos.

Quanto ao escapismo, diga-me: Porque não escapar se isto nos faz felizes e não prejudica pessoa alguma? Onde estão estas regras que os homens criam a partir do que temem, apenas para rotular comportamentos e pessoas?

Sobre a benevolência -
A benevolência é quase sempre perniciosa, pois facilita a auto indulgência e a acomodação. Entretanto, quando dirigida a perfeccionistas ferrenhos e a incansáveis trabalhadores, pode tornar-se um bálsamo, qual uma poltrona macia que acolhe o exausto.

O outro é sempre uma criação nossa.

Nunca se ofereça. Incomodam-me as disponibilidades e as ofertas gratuitas.
Prefiro a batalha. Gosto de ir ao encalço da presa e que ela me resista, pois a subserviência ofenderá meu brio!

- Onde me esburaco é onde me encontro.

- O que não acontece na matéria permanece eterno no desejo.

- Se quero ser suave, a pergunta se impõe : Em que porão guardo a paixão?

- Sob aparente austeridade o inverno trama a esfuziante primavera.

- Do relativo: O nevoeiro pode não ser traiçoeiro. Depende de onde não se    quer chegar.

- Paixões são como coágulos que se soltam. Libertam o sangue para estancá-lo adiante.

- Como amar sem discordar ou enraivecer?
  Como ser feliz e não chorar ou estar triste?
  Como um bordado sem fundo?

- Sempre que escrevo pelas quase manhãs, ao reler os textos encontro restos de sonho entre as linhas e parágrafos!

- Pressinto o frio da noite no aquecer abrasador do sol que se inicia. Aconchego-me no agasalho confortante dos meus sonhos e sorrio. Não, não quero chorar agora o meu futuro!

- Como o vagar de uma estrela que se apaga, penetro na escuridão do meu dia.

- Amor é tesão enfeitado com carinho.

- Toda poesia é um ato de covardia!

- A vida é feminina
Sua linguagem é subjetiva
Sua comunicação se faz
Pelas entrelinhas!

- Na linha azul do infinito, meu porto e finitude.

- Encalhar... é parte do navegar!

Criar é a diversão da inteligência

 Liberdade e fraternidade – tornam-se mais importantes principalmente nas desigualdades –sejam culturais, sociais, de credo, educação e valores.

Verdade pessoal
Verdade é aquela que, em dado momento, ecoa dentro de mim com segurança suficiente para que eu acredite nela.

Que a luz brilhante da vida penetre nas cavernas dos medos e afaste todos os fantasmas de dor.

 Enfrente-se - as melhores vitórias são as que conseguimos sobre nós mesmos

Um belo corpo pode ser um manequim sem alma. Uma bela alma ilumina um corpo.

Pessoas felizes não magoam ninguém. Pessoas amargas ferem a todos. Pessoas muito magoadas se ferem para sempre.
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A morte chegará tanto para os belos como para os feios, para os gulosos e para os famintos, para os que se acham bons e para os que não se sabem maus. Importa é como se vive o até.
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Penso que o que distingue homens de animais não é a razão, mas o sonho!
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Quanto mais medíocre e insossa é a vida de um ser humano, mais ele se interessa em divulgar a vida de outros.
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Um homem sem religião é como um pássaro sem gaiola. Mas, sem espiritualidade o homem vive como um pássaro sem céu.

Duas coisas são capazes de realizar o Homem comum:
 1ª- Conquistar aquilo que  deseja;
 2ª- Usufruir o que conquistou.
 E os mais sábios conseguem desfrutar com plenitude o que conseguem conquistar. Isto é viver
 E duas  outras coisas podem realizar outro tipo de Homem:
 1- Conseguir criar o que imagina
 2- Saber que aquilo que criou pode ser benéfico na vida de outras pessoas
 Isto pode significar viver num sentido mais amplo.

Para o ser humano, conter e reprimir a raiva sem encontrar uma expressão adequada para canalizá-la pode ser tão danoso, quanto liberá-la impulsivamente.

"Para  exercer o desapegoque ter do que abrir mão".

criação que é melhor aceita é a que tem suas bases no antigo pois ela atrai, indiretamente, o que o inconsciente humano conhece.

Felicidade não é alegria, passageira primavera, mas a serenidade de viver todas as estações com o mesmo prazer.

O que mais e melhor sabemos é o que não foi preciso aprender.

Conseguiríamos ser pessoas bem melhores se abandonássemos o ideal de sermos bons e perfeitos.

Do imenso olho do tempo, escorre a lágrima que chora as areias quentes de minhas lembranças...

 Penso que o narcisismo consciente e moderado é uma das belas formas de autoconhecimento.

Sobre Rir

Desejo que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso
E o riso contínuo, insano.

Je veux que tu sois triste,
Pas chaque année,
Mais seulement un jour.
Mais ce jour découvrir
Que le rire par un jour est bon
Le rire d'habitude est fade
Et le rire continu, fou.

 I want you to be sad,
 Not every year, but only one day.
 But that day discover
 That daily laughter is good,
 The usual laughter is bland
 And continuous laughter, insane.

Quiero que estés triste,
No todos los años, pero sólo un día.
Pero ese día viene a descubrir
Que la risa diaria es buena,
La risa habitual es sosa
Y la risa continua, una locura.

Voglio che tu sia triste,
Non tutto l’anno, ma solo un giorno.
Ma che in questo giorno tu scopra
Che il ridere quotidiano è buono,
Il ridere ordinario è insulso
E il ridere continuo, insano.

Vida longa

Até hoje, lembro-me bem das histórias divertidas que meu pai contava sobre seu avô, sua mãe e as estrepolias de sua infância.
Para viver por volta de 400 anos ou mais, conte histórias pessoais a seus filhos e netos, reproduza as que ouviu de seus avós ou de seus pais e acrescente as suas
Esta prática fará com que seja lembrado por oito gerações ou mais. Em sua bagagem, você pode não ter grandes feitos públicos, mas estará presente na memória de sua família, tornando-se quase uma divertida lenda.
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Ser avô é voltar a brincar.
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 Sou apenas uma personagem efêmera que vivencia as histórias que minha alma dita.
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 Algumas palavras podem não ser totalmente verdadeiras mas, se trazem conforto, têm valor.
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 Burrice é ignorância emperrada em certezas.
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